terça-feira, 21 de julho de 2009

Estudantes do Prouni querem ampliação de vagas


Os 10 mil estudantes que vieram dos 29 estados brasileiros para o 51º Congresso Nacional da UNE encheram o Centro de Convenções Ulisses Guimarães, na manhã desta quinta-feira (16) para a abertura do 1º Encontro Nacional do Prouni que faz parte da programação do Congresso. Em meio aos muitos beneficiados do Prouni, encontramos Gialyson Corrêa (foto). Ele, a exemplo dos demais, defende a ampliação das vagas do Prouni.
Estudante de Jornalismo da Uniderp (Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal) de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, Gialyson, 18 anos, se sente privilegiado por ter conseguido uma vaga no ensino superior que, segundo ele, é monopólio da elite.
Com militância política desde o ensino médio, Gialyson critica o ensino que coloca o socialismo e Marx “em um cantinho da história”. “Eles (professores, currículo e toda a estrutura) querem enquadrar todos no modelo capitalista”, queixa-se.
A inclusão dos alunos pobres e negros na universidade vai dar uma nova cara ao ensino superior, acredita ele. A presidente da UNE, Lúcia Stumpf, em seu discurso, confirma as palavras de Gialyson. Ela disse que o estudante pobre que vai fazer arquitetura está mais interessado em urbanizar a favela do que decoração de ambiente; enquanto o estudante de medicina quer fortalecer o SUS (Sistema Único de Saúde ) ao invés de atuar em Clínica de Estética.
A ampliação das vagas no Prouni é a luta dos estudantes. Apenas 12% da juventude brasileiro chega às universidades. Desse total, 80% estão nas universidades privadas. Gialyson engrossa o coro dos dirigentes estudantis quando diz que “estamos aqui lutando pelos outros 88% que não têm chance de cursar o ensino superior.
Ele elogia o Governo Lula, que criou o Prouni e o FIES (Programa de Financiamento Estudantil), garantindo inclusão dos mais pobres ao ensino superior, e o diálogo estabelecido pelo governo com o movimento estudantil. “Vai ter uma reforma, ele vai ouvir a gente”, acredita Gialyson.

De Brasília
Márcia Xavier

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